A fruta tem cores e a palavra línguas.
A fruta tem sabor e a palavra pronúncia.
A fruta tem corpo e a palavra essência.
Quer se goste mais ou menos de cada uma,
Precisamos delas para evitar a enfermidade,
Sejam de que tipo forem,
Essa é a verdade.
Se há definição que me soa mal é esta, a da «fala elaborada». Deduz-se que alguém se enquadra na dita designação quando se nota que existem no seu discurso vocábulos invulgares, as chamadas «palavras caras» ou «cultas», bem como construções frásicas que provocam a mesma estranheza.
O registo do quotidiano é mais informal, pelo que há espaço aberto para gírias, calão e palavrões. Da mesma maneira que não se espera que se fale numa sala de reuniões como se fala (...)