Eu cá, quando for grande
Quero continuar a ter férias grandes.
Acabam depressa e são de aproveitar.
É Verão. Por onde começar?
Passas o dia na praia
Com as gaivotas a cantar
Enquanto se reza para que o castelo de areia não caia.
Sentes o beijo das ondas a tocar-te nos pés
Que te chama para brincar na liberdade do reino de Neptuno.
Lavas-te entre risos e molhadelas geladas de lés a lés
Até contemplares o sorriso do céu nocturno.
Há tanto tempo que (...)
Um dia... nem que fosse apenas por um dia, seria óptimo se pudéssemos viver como nas histórias de comédia e/ou de fantasia. Por um dia tínhamos um mundo como o da Disney. Só para descontrair. Uma festa oficial como o Natal ou assim...
Tempo para cantar espontaneamente se o quiséssemos como acontece nos filmes ou, para nos disfarçarmos do que desejássemos, qual celebração de Carnaval. Esta seria a altura de ir disfarçado para o trabalho e de usar a imaginação com todo o seu (...)
Na dança constante do bem e do mal, Tu decides o que te beneficia E o que he para ti letal.
Parece utopico ou talvez absurdo, Mas a vida corre-te mal, porque és surdo. Sem te aperceberes de como traças o teu rumo, Dás varios passos, todos elles com pés de chumbo.
Tu podes criar a tua realidade, O que vai, vem, Seja amor ou maldade.
Attenta nos teus parceiros de dança E também na choreographia, Acredites ou não, o que o teu juízo lança He o teu reflexo, que sempre (...)
Que escreves?
Uma carta, não sei para quem.
Escreve-a o melhor que sabes,
Faz a pessoa sentir-se especial como ninguém.
Podes enviá-la para quem a apanhar primeiro,
Essa alma fica assim encarregue de a espalhar pelo universo inteiro.
Qual é o destino?
É longe, não está nos mapas, mas sim nas estrelas.
Conto-as uma por uma, mas perco-me no brilho,
Tenho de revê-las.
Cada uma delas é uma porta com um trinco,
Que quero abrir com muito afinco.
Envio para lá uma (...)
Desnuda está a ingenuidade que emana o ingénuo sorriso, Vai a alma feliz e sem prévio aviso, traça na tela, O incauto e errante desenho dela... E de seu futuro.
Cada gota de tinta que escorre,
Cada porta para uma paisagem diferente, Isso, goza a liberdade, não há limites para a aventura, Somente os que impõe a trémula mente.
Gozas e gozas da vida sem a planear, Ao contrário, não, és tu quem a deve domar. Mas não se pica a onça com vara curta, Lidas com um bicho malino, (...)
"Então, olha lá, gostas da escola?" - Eu costumava ouvir esta pergunta quando era pequeno como todos os miúdos. E como todos os miúdos, eu respondia com a maior sinceridade: "da escola, sim, das aulas nem por isso". Creio que não há ninguém que não conheça o desfecho desta conversa, eu pelo menos dizia que o único sítio em que não gostava de aprender era no respectivo estabelecimento. Hoje em dia continua a ser dada a mesma resposta, à diferença de que desta vez há mais (...)
Não me apetece prestar atenção às aulas. Não que o tema não me interesse, é literatura. Eh, pá, mas ultimamente não tenho estado para aí virado. Lá estou eu distraído outra vez, é inevitável, como se diz: já não é defeito, é feitio. A voz silenciosa do inconsciente fala mais alto que a stôra. Ei! Alto e pára o baile, a doutora está a ditar apontamentos!
Ena pá, que letra feia! Andei eu a esfalfar-me para melhorá-la e agora parece árabe. A minha caligrafia (...)