24.Mai.22
Dez para as Seis da Tarde
Olavo Rodrigues
Às dez para as seis da tarde Espero-te no Inverno das raízes frouxas Esperança mouca e cega Que não vê o buraco da expectativa Nem ouve o aviso da vivência. No escurecer da noite fria, encontro paz Um reconforto no preto absorvente do céu, Que ainda está por aparecer Onde antes o negro era dor Agora é anestesia Uma tranquilidade em que os pensamentos dormem E em que o pranto das emoções se embala. Quem me dera que a ventania me levasse O Inverno tem uma maneira (...)