Às vezes, preferia que a humanidade não se tivesse digitalizado. De facto, vou mais longe e digo que seria melhor se nunca tivesse existido nenhum tipo de ecrã doméstico, incluindo a televisão. A vida parecia mais autêntica e o isolamento era mais difícil, pois as pessoas, por muito introvertidas que fossem, precisavam de se deslocar para todo o lado. Não havendo entretenimento isolador além da leitura, era necessário ou sair ou inventar brincadeiras e jogos em casa.
Um dos (...)
Em cada esquina um amigo,
Em cada rosto igualdade,
Grândola Vila Morena,
Terra da fraternidade
AFONSO, Zeca - Grândola Vila Morena
Eis maisum pensamento algo aleatório, mas que me parece pertinente para a atual situação: soube de alguns relatos de pessoas que incriminam o povo chinês da pandemia. Não me refiro ao governo da China, mas às (...)
- Olha lá, filho? - Chamou a minha avó enquanto eu acabava de beber água para apanhar o autocarro. - Não gostas deste programa? Tu ias gostar. É de cultura geral. - Isto veio a propósito de um anúncio a Mental Samurai, que passa na TVI e eu - com a maior espontaneidade e paz interior - limito-me a dizer de minha justiça.
- Não ligo muito à SIC nem à TVI. - Foi o suficiente para levar logo com isto na fuça:
- Pois, só gostas daquele parvo, não é?
Por “aquele parvo” (...)
Se há coisa em que sou óptimo é esquecer. Não há dia em que não fique preocupado com a possibilidade de ter perdido alguma coisa. De vez em quando, chego a ter um mini ataque cardíaco, especialmente quando não sei da carteira – que já perdi duas ou três vezes – e acabo por constatar que estava apenas um pouco mais bem escondida no bolso ou guardada na mochila.
No entanto, umas vezes para bem e outras para mal, o meu cérebro tem uma capacidade de preservar memórias inúteis (...)
Para mim, um dos melhores conselhos para vencer a página em branco é escrever qualquer coisa. Qualquercoisa serve. Algo simples, espontâneo ou até mesmo aleatório como: "o porco escocês azul comeu o armário de morangos". O importante é desbloquear a fluidez, pondo o cérebro a carburar. Eu não publico regularmente há meses e, como tenho preguiça de ir buscar a minha lista de ideias, assim segue este texto ao sabor do vento: sem planeamento, sem um objectivo específico... (...)
Ah, os clichês! A típica história de amor entre duas alma-gémeas inseparáveis ou a amizade de aço de dois grandes amigos. O triunfo do bem sobre o mal, a atracção dos opostos, entre outros. Mesmo que estes modelos se repitam bastante na arte de tecer histórias, nunca são dispensáveis. A histórias não são o mesmo sem, pelo menos, um deles. Clichês em demasia são enfadonhos e tornam o enredo previsível; contudo, a ausência destes retira às histórias a razão pela qual o (...)
Eu sei que a decisão sobre a eutanásia foi tomada já há algum tempo, mas eu tenho de pôr isto cá fora:
Apesar de haver dois lados opostos quanto à mesma (eu sou a favor), o que me revolta na pura acepção do termo é que meia dúzia de gatos pingados no parlamento achem que podem decidir, sem o nosso consentimento, sobre um assunto desta natureza. Quem é que eles pensam que são para impor o quer que seja às vidas que não lhes pertencem, ao povo como um todo, que deve fazer (...)
O The Write Practice é um sítio fundado por Joe Bunting, o qual é um escritor que criou esta mina de ouropara qualquer amante das palavras que, deseje brotar no mundo editorial com qualidade, ao mesmo tempo que melhora as suas competências. De vez em quando surgem palestras via internet, no sítio há 1716 artigos e exercícios sobre escrita criativa e a comunidade é bastante unida, dado que os seus membros estão (...)
BLOGUISTA:
Este blogue foi criado no dia 4 de Abril de 2015, logo de madrugada, à uma e tal da manhã. De facto, não percebo por que razão não me ocorreu criar este cantinho mais cedo - bem como o outro, que nasceu em Novembro do mesmo ano - dado que descobri a minha paixão pela escrita por volta de Setembro de 2010. Na verdade, a ideia foi quase sugerida. Tinha visto algumas horas antes uma notícia sobre (...)
Ontem estava eu a sonhar com a possibilidade de um dia vir a ser um bloguista ou um escritor conceituado e, o mais importante de tudo, inspirador. No entanto, logo a seguir ocorreu-me o lado negro dessa realidade, pois nesse patamar tudo é muito mais impessoal.
Quando pensamos em alguém cujo trabalho é admirado, lembramo-nos de como deve ser incrível a sensação de imensas pessoas dizerem-nos que as fazemos sentir melhor à nossa maneira, nem que seja por breves momentos, mas a (...)