Para Quando a Nova Manhã?
Que desgosto fatal
A humanidade foi atropelada
Por um imprevisto tal
Que a deixou para sempre marcada.
Vida estranha esta que por um pé foi barrada
Como um carreiro de formigas em andamento
Corremos atrás de 2020 com um sorriso pequeno
Em busca da fraca luz da madrugada
Coberta agora pelo relampejar do sofrimento.
Com o caminho interrompido
Lá se vão as inúmeras ambições
Já tenho o cérebro entupido
De tanto covid e discussões.
Pede-se à arte que imagine
E à filosofia que pense,
Pois a ciência está desamparada
E a política deveras destroçada.
Assim, gira a distorcer a razão
Este círculo de caos desmedido
Equanto adiamos a nossa ascensão
Por tempo indefinido.
Aleluia! Já podemos aquecer os motores!
De volta aos braços dos nossos amores
Devemos agradecer a nossa disposição sã
Por vermos levantar-se a nova manhã.