Obras de Arte Vivas
Desde o início dos tempos
Que a humanidade usa o seu potencial
Para criar rios de sentimentos
Através da palavra imortal.
Tantas são as línguas que fluem
Nas almas imperfeitas dos mortais.
Umas sobrevivem e outras ruem,
Mas sempre surgem outras que tais.
No seio da inovação estão as obras de arte vivas,
Não estão na cabeça, mas sim no coração.
São hiperactivas e sempre se tornam numa nova canção.
Oxalá pudesse sabê-las todas de cor,
Assim nunca me cansaria de me reinventar.
Não haveria como me entediar,
Porque alcançaria um Eu bem maior.
Uma língua é filha da sua gente
Cheia de criatividade sem freio.
Um oceano que nunca se explora o suficiente
Nem sequer até ao meio.
Uma língua é uma nova paisagem que deslumbra o olhar,
O mundo fica diferente só de a sabermos falar.
Somos cidadãos do mundo
E as nossas línguas são de quem as amar
Chegou o tempo de partilhar
Para a diversidade não ir ao fundo.
Este é um ciclo sem fim
E eu vou diversificá-lo
Ao dar-lhe uma prenda feita por mim.
É mais uma para a colecção,
Que talvez gere mais trabalho complicado.
Ser poliglota não é um êxito dado,
Mas faz tudo parte da diversão
Mesmo que, após a interiorização,
Ainda se fique um pouco baralhado.
O meu amor pelas palavras não acaba na literatura.
Estará sempre presente onde o dom da linguagem perdura.