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Toca do Coelho

Um espaço para o meu apetite omnívoro.

Toca do Coelho

Um espaço para o meu apetite omnívoro.

30.Abr.18

Obras de Arte Vivas

Desde o início dos tempos

Que a humanidade usa o seu potencial 

Para criar rios de sentimentos

Através da palavra imortal.

 

Tantas são as línguas que fluem 

Nas almas imperfeitas dos mortais.

Umas sobrevivem e outras ruem,

Mas sempre surgem outras que tais.

 

No seio da inovação estão as obras de arte vivas,

Não estão na cabeça, mas sim no coração.

São hiperactivas e sempre se tornam numa nova canção.

 

Oxalá pudesse sabê-las todas de cor,

Assim nunca me cansaria de me reinventar.

Não haveria como me entediar,

Porque alcançaria um Eu bem maior.

 

Uma língua é filha da sua gente

Cheia de criatividade sem freio.

Um oceano que nunca se explora o suficiente

Nem sequer até ao meio.

Uma língua é uma nova paisagem que deslumbra o olhar,

O mundo fica diferente só de a sabermos falar.

 

Somos cidadãos do mundo

E as nossas línguas são de quem as amar

Chegou o tempo de partilhar

Para a diversidade não ir ao fundo.

 

Este é um ciclo sem fim

E eu vou diversificá-lo

Ao dar-lhe uma prenda feita por mim. 

 

É mais uma para a colecção,

Que talvez gere mais trabalho complicado.

Ser poliglota não é um êxito dado,

Mas faz tudo parte da diversão

Mesmo que, após a interiorização,

Ainda se fique um pouco baralhado. 

 

O meu amor pelas palavras não acaba na literatura.

Estará sempre presente onde o dom da linguagem perdura.