Ao Meu Querido Alentejo
Numa grande terra além do Tejo,
Há uma beleza única para aproveitar,
Há tanta maravilha de sobejo,
Mas a Terra Prometida está-se a degradar.
O ar fresco é mensageiro da Natureza,
Traz os aromas que nos seduzem sem defesa,
Assim também eu quero viver como Alberto Caeiro,
Numa nuvem de verde, a apreciar este pedaço de Céu na Terra.
Alcançar a primeira categoria sai do pêlo àquela boa gente,
Que trabalha nas sete quintas,
Para dar uso ao dente.
Venha o alho criado nos braços da falsa moleza,
Venham o pão e as recheadas cantigas,
Do fundo do coração entrelaçam-se relações amigas.
À mesa celebra-se o triunfo da felicidade gorda,
Que se faça então, brinde a isso,
Na companhia da bendita açorda.
Ouvem-se os grilos a tagarelar,
É de noite e os mosquitos começam a chatear.
Mais um dia que com a minha intensa alma vejo,
No inigualável Alentejo.
PS: eu sei que me distanciei um pouco da realidade, mas eu adoro sonhar com a Natureza e se puder juntar portugalidade a isso, melhor ainda.