Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Toca do Coelho

Um espaço para o meu apetite omnívoro.

Toca do Coelho

Um espaço para o meu apetite omnívoro.

26.Mar.16

Sonho Meu e de mais Alguém

Que escreves?

Uma carta, não sei para quem.

Escreve-a o melhor que sabes,

Faz a pessoa sentir-se especial como ninguém.

Podes enviá-la para quem a apanhar primeiro,

Essa alma fica assim encarregue de a espalhar pelo universo inteiro.

Qual é o destino?

 

É longe, não está nos mapas, mas sim nas estrelas.

Conto-as uma por uma, mas perco-me no brilho,

Tenho de revê-las.

Cada uma delas é uma porta com um trinco,

Que quero abrir com muito afinco.

 

Envio para lá uma carta que chegará a um sítio tão distante, 

Que já esteve tão perto. 

Peço a quem a encontre que nos salve com uma vontade incessante,

Que convença todos a realizar um acto esperto,

Assim volta a tornar-se interessante

Sonhar a limite aberto.

 

Achas que é possível?

Caminhamos cada vez mais para a apatia de boca escancarada,

Espera-nos um fim terrível e a D. Esperança zangada.

 

Relaxa, não há que temer,

O desejo é um martelo forte que se faz valer.

Portanto, mesmo em circunstâncias feias, deixo em acta,

Que o sangue do êxito me corre nas veias,

Como também a vontade de enviar a carta.

24.Mar.16

Vai Passando...

Imutável tecido que vai sendo tricotado,

Espelha muitas formas e cores,

Obedecendo apenas às suas normas,

Provocando dores.

 

Muitas memórias vai espelhando,

Através das histórias que vai contando

E deixando para trás.

 

Assim, plácido, fica cada vez mais comprido,

Acompanhado da intensidade dos sentimentos,

Sempre enigmático gera lamentos,

Naqueles que não sabem aproveitá-lo,

Que lhe mostram semblante antipático.

 

Quer gostemos ou não, ele fá-lo:

É o Tempo e basta: 

Não tentes vencê-lo,

Não podes guardá-lo numa pasta. 

21.Mar.16

A Minha Prancha Voadora

Ora viva! Recordam-se de na publicação anterior ter dito que quando tinha mais ou menos a idade do Estranhão, gostava de inventar coisas que ainda não existiam? Bom, na composição de preparação para o exame de Português do nono ano, escrevi sobre uma prancha voadora completamente «desenhada» por mim. Não sei se seria exequível segundo os cânones científicos, mas deixemos a imaginação fluir.

 

A prancha é metálica, mas não totalmente achatada, apenas o topo é plano para que seja possível assentar nele os pés. Neste devem existir ranhuras das quais saem argolas que sustentam o equilíbrio do/a utilizador/a, quando o/a mesmo/a empreender uma viagem a alta velocidade. Os intrumentos de auxílio são accionados por um comando de voz, o qual também orienta a velocidade, dando a possibilidade de a especificar. Em vez de dizer apenas: «pára», «acelera» e «abranda», quem usa a prancha pode também optar por: «mais/menos dez km/h», exemplificando.

Caso não haja pormenores, o objecto aumentará ou reduzirá cinco km/h.

O resto do corpo tem alguma altura de modo a acomodar espaço para fios, um motor, entre outros elementos necessários. As extremidades do objecto são bicudas por uma questão de facilidade de movimento rectilíneo. 

Há um detector electrónico de anomalias na superfície da prancha, que se revela em forma de barra. Esta, por sua vez, expõe com cores a gravidade da situação - amarelo/ligeiro, laranja/grave, encarnado/muito grave. Enquanto estiver verde, ninguém precisa de se preocupar. 

Assim que surge um inconveniente, um alarme trata de apitar. Se quisermos desligá-lo, só temos de pronunciar as seguintes palavras: «pára de apitar». 

O desempenho do meio de transporte é alimentado e determinado por recipentes esféricos de electricidade. Há doze compartimentos adequados à forma das esferas. Quantas mais esferas tiver uma prancha, mais velocidade e capacidade de altitude possui. 

Os recipentes devem ser carregados. O/a utilizador/a sabe que tem de os abastecer quando os ditos assinalarem pouca quantidade de energia numa barra electrónica dos 0 aos 100%.  

Para colocar um novo fornecedor de combustível, há que retirar a tampa aparafusada do respectivo espaço. 

 

 

 

 

16.Mar.16

"O Estranhão" - Álvaro Magalhães

Já alguma vez sentiram que determinada personagem foi exactamente feita à vossa imagem ou anda mesmo lá perto? Eu, no meu caso, já tive contacto com o meu sósia fictício, o Fred ou Frederico Sá, criado pelo referido senhor acima. 

O Fred é um miúdo sobredotado de onze anos que luta diariamente com o facto de ser diferente, um estranhão, portanto. Adora ler, escrever e inventar coisas de que o mundo precisa e que ainda não existem. As duas primeiras são as minhas maiores paixões e quanto à última, também tive uma fase. Agora a cereja no topo do bolo - a Ciência consta na sua lista de interesses!

À excepção da idade e de ser sobredotado, o miúdo é a minha cara chapada!

O livro está repleto de reflexões incríveis e perfeitamente adaptadas à compreensão dos mais novos, o que é óptimo não só para os instruir, mas também para aprimorar o seu sentido crítico em relação ao mundo. 

O Fred também possui uma imaginação arrebatadora, o que apaixona qualquer leitor. Eis a capa do livro:

 

1507-1.jpg

 

 

06.Mar.16

Literatura

Grandes, pequenos,
Grossos e esguios,
São sempre a menos,
Tão deliciosos desafios.

 

Uma letra é um sabor ímpar,
Esculpe a forma da obra,
Mestre da manobra,
É aquele que vê mais que água no mar.

 

Romance, fantasia, ficção científica,
É facílimo perder-se,
Seja ou não a preferência específica.
Bendito seja o novo clássico artista
Que ainda há-de conceber-se.

 

A imaginação chama-lhe um figo,
Levo sempre um bom companheiro destes comigo,
Pois transforma qualquer tamanho medonho,
No mais emocionante sonho.

 

Ler desperta a inteligência
E acerta a indecência.
Haverá melhor remédio para a amargura,
Que a grandiosa Literatura?