Este gajo encontra-se quase em todo o lado - sai da boca das pessoas, invade os livros, os filmes, as músicas e depois de muito bater, a maré fura os corações... E dificilmente de lá sai. Como se não bastasse, tem a mania de que é gente.
A casa não é dele, mas ai de quem desobedeça às suas regras. Ao menos é dotado da mais pura honestidade e não faz cerimónias.
Alimenta-se do que nós sentimos, por isso, se ficarmos muito tempo sem mexer uma palha, chora como um bebé a dizer que tem fome. Chora baba e ranho, faz birras de partir os vidros, como também a nossa essência... No fundo, apesar de ser um chato do pior, a sua verdadeira intenção é mostrar-nos o quanto nos quer ver bem.
Mas para isso tens de te mexer! Diz ele todo sabichão. Se calhar até tem razão, mas vá-se lá compreender os génios. Enfim, por muito que refilemos, a verdade é que detestamos viver sem o tirano.
O sangue lusitano fervente corre-me nas veias, Dividem-no quase a meias, O verde e o vermelho.
Ah, pátria, símbolo de força, Sou o teu orgulhoso descendente E sempre adorarei o hino com nome de moça.
Foste debilitada pelos teus próprios tutores, Mas na minha memória um fantasma nunca serás, Pois acredito que és capaz de vencer os estupores.
Eu admiro-te porque és única como todos os tipos de beleza, Amar-te é rasgar a lista de defeitos e escrever uma de qualidades, Para que a tua chama continue acesa.
Mas há que ter vontade e amor, Porque se não te despachares, Só terás mesmo o calor.
Vamos! É hora de trabalhar! Motiva os teus discípulos Antes de que se ponham TODOS a andar.
Eu não escrevo porque gosto da luz, Mas sim por necessitar de iluminar o mistério escondido na minha escuridão. Eu uso a escrita como se fosse uma extensão de mim. Eu escrevo porque sim.
Preciso de esvaziar o armário cheio para dar uso às vestes consumidas pelo pó, Para esvaziar o contentor radioactivo que por vezes está a um fio de rebentar E de infestar tudo com malefícios sedentários.
O meu sentido mais apurado são as letras. São radares que captam cores que só os olhos da alma contemplam. Quando olho para as minhas letras só vejo beleza. É irmã da maquilhagem, faz milagres. (Raios partam a maquilhagem! Não é natural como as letras!)
Tiram-me as letras, tiram-me um órgão vital. Admito, estou enamorado pelo encanto infindável da sua velha juventude. Não há fechadura que lhes resista, certo? Quem sabe dançar com a linguagem, baila com o mundo. Por que é que o meu diário haveria de ser uma excepção?
Eu adoro as letras, eu vivo-as. Qual café que precisa de açúcar, Eu preciso de letras. O meu sabor não é nada de jeito sem elas, Nem vale a pena tentarem.
Como quase toda a gente, eu gostava de afirmar que me sinto profundamente repugnado pelos últimos acontecimentos da História. Acho que não é possível ser-se mais cruel e se é, não quero imaginar.
No entanto, no meio disto tudo, há outra coisa revoltante que se repete demasiadas vezes - os média não largam isto! Estão desde sexta-feira sem mudar de disco durante praticamente o telejornal inteiro! Eu acho muito bem que sejamos solidários e que saibamos partilhar a dor, adorei a atitude da Google e do Facebook ao mostrarem a bandeira francesa nos seus respectivos domínios cibernéticos.
Mas tenham paciência, não podemos ficar deprimidos também. Sempre que apanham uma mina de ouro, esmiúçam-na até à exaustão, quer da mina, quer da nossa! No Europeu de 2012 se não estou em erro, transmitiram a viagem de avião da selecção! Num dia próximo, reparei que falavam sobre as vidas das vítimas dos atentados. Por amor de Deus, deixem as pessoas descansar em paz! Saí logo da sala.
Concordo com que se sensibilizem as pessoas, que as façam pensar e de preferência agir se tiverem como o fazer. Concordo com que se debata sobre formas de combater este monstro, que é o terrorismo, mas mais é massacrar!
Transmitam as notícias realmente relevantes como o que está o foro político a preparar para resolver a situação, se há pessoas para além dos políticos gananciosos com ideias... Coisas assim no formato de todas as outras notícias - curtas e de facto úteis.
A vida são três dias. No primeiro nasce-se e no último morre-se. Em relação ao do meio, é tão veloz que aparenta durar apenas 24 horas. É muito pouco tempo, aproveitemo-lo!
Não costumo abranger a política, não porque não nutro gosto pelo tema, mas sim pelo simples facto de que já há muitas pessoas a fazê-lo na blogosfera.
Contudo, como existem sempre excepções à regra e assim sendo, queria congratular o único deputado do PAN com assento parlamentar pelo seu desempenho de anteontem.
A sua intervenção foi completamente objectiva e directa, remetendo aos interesses do seu partido e do que o mesmo pode oferecer ao país. Viva André Silva! Espero que não descambe.